terça-feira, 17 de setembro de 2013

Bolsa Família completa 10 anos sem portas de saída


"A ajuda necessária que transformou-se num círculo vicioso de esmola. O objetivo anunciado era reduzir a pobreza e a desigualdade social com a transferência direta de dinheiro às famílias miseráveis. Dez anos depois, a pobreza de fato regrediu. Em 2003, o Brasil tinha 12% da população vivendo com menos de 2,8 reais por dia. Em 2011, o índice caiu para 4,2%. O Bolsa Família contribuiu para essa melhora, mas, obviamente, não foi o único responsável pelo bom resultado."

"Impulsionado pelo consumo mundial de commodities como aço e ferro, o PIB do país experimentou um crescimento anual médio de 4,3% entre 2004 e 2011. O estímulo econômico fez ascender para a chamada nova classe média 35 milhões de brasileiros. O poder de compra do salário mínimo e o total de crianças matriculadas nas escolas aumentaram."

"Embora a pobreza venha diminuindo, a quantidade de dependentes do Bolsa Famíliacresce a cada recadastramento. Em uma década, o número saltou de 3,6 milhões de famílias para 13,8 milhões. Ao todo, são hoje subsidiados 50 milhões de brasileiros, um quarto da população do país. Nesse período, apenas 1,7 milhão de famílias deixaram de receber o auxílio. Os números superlativos fazem do Bolsa Família o maior programa de transferência de renda condicionada do mundo."

"O Bolsa Família está presente em todos os 5.570 municípios brasileiros. Destes, 1.750 têm mais da metade da população vivendo parcial ou totalmente com o recurso federal. Ocorre que muitos beneficiários continuam sem perspectiva ou oportunidade de encontrar uma ocupação. É certo que, na vida em sociedade, a maioria produtiva deve auxiliar os incapazes, mas permitir que famílias inteiras sejam subsidiadas para sempre por um sistema que não estimula sua força de trabalho é favorecer a dependência."(Revista Veja - 15/09/2013)

O Bolsa Família transformou-se numa esmola regulamenta por lei, numa "compra de voto institucionalizada" (Dr. Esaú Tavares de Mendonça), sem incentivo para a profissionalização dos pais ou representantes legais em idade laborativa, as famílias sobrevivem do programa assistencial, sem qualquer perceptiva de mudança de vida. A pergunta que fica é: Até quando esse ciclo vicioso irá se sustentar? E neste caso em específico, a assistência sem perspectiva de mudança, compensa?

Fonte: JusBrasil

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